quinta-feira, 31 de março de 2011

Away

O blog entrou de férias! Volto com livros na bagagem, com certeza. Com capas lindas!

Fui!

terça-feira, 22 de março de 2011

Eu gostei tanto dessa capa que não pude deixar de pesquisar sobre o que se tratava o livro e quem era o autor - no fim eu escrevo isso. Separado em quatro cores pastel lindas como quatro andares de uma casa, "Moonwalking  with Einstein" chama a atenção em tudo. A começar pelo nome. Sim, o moonwalking era aquela dança nada fácil de imitar [corretamente] do Michael Jackson. Sim, o Einstein é aquele velhinho simpático que nunca dançou moonwalking na vida. E não, o livro não trata de nenhuma dessas duas coisas. O andar mais baixo desse ambiente é mais separado que os outros para que o nome do autor não se confunda com o nome do livro e também dá espaço para o subtítulo: "The art and science of remembering everything". Lindo! Estou pensando já qual editora que deve comprar os direitos dele.

Agora uma canja sobre o livro: Joshua é um jornalista que escreveu uma matéria para a Slate [uma revista lindona que eu amo] sobre um concurso de memória nos Estados Unidos (daqueles em que os candidatos precisam decorar o maior número de nomes, sequências numéricas, cartas etc). Ele achou que essa história toda rendia o livro e começou a escrever. Hoje, até como "novo Gay Talese" ele já está sendo chamado (obviamente um exagero, no matter how good he is), mas já ganhou a minha vontade de comprar o livro. Pela capa, pelo título e pela Slate.

Vanity Fair Portraits - Graydon Carter

Gostei dessa capa. Não amei não. Adorei as fontes, mas eu nunca dividiria sílaba a não ser que formasse uma palavra bombástica. Não bombou, então dispensava o hífen.

Fora isso, ficou ótima e eu compraia. Não só pela capa, mas pelo livro. A Vanity Fair é uma ótima revista de "supérfluos", mas com ótimos textos, perfis e fotografias - é daqueles que devem valer a pena ter em casa.

The Hakawati - Rabih Alameddine

Não sei sobre o que é, nem adianta perguntar. Mas olha só a capa. Gostei, entrou para o boas, mas estou começando a ficar desapontada em ver que mais gente usa a técnica do "Pequena Abelha". Decidi começar a anotar o nome dos designers, então. Esta, para começar, é o Jason Booher (veja mais capas feitas por ele), e esta capa eu tirei do The Book Cover Archive, um site que eu encontrei que arquiva capas por designers e te dá a possibilidade de ver as 1.348 capas cadastradas de forma randômica. Dá para passar o tempo!

Se você ficou curioso sobre o livro, clicaqui!

:) Era uma vez um corredor - John L. Parker Jr.

Ainda não conferi, mas com certeza foi feito pelo mesmo design de "Pequena Abelha". Ainda assim é lindo e me deu muita vontade de ler pela capa - embora a sinopse não tenha me convencido muito. Dessa vez, o que constroi as letras não são os fios de cabelo da Abelha, mas os cadarços do tênis do personagem principal.

As melhores capas do ano

A GettyImages Brasil fez um concurso para escolher as melhores capas de livros. Foram 133 candidatos e 15 finalistas. O vencedor será divulgado hoje, além da escolha da melhor capa de acordo com o público.

Veja as 15 melhores no blog do concurso!

Capas parecidas

Adoro sites que encontram capas que usam as mesmas imagens de arquivo!

Link para o post "Insincerity Everywhere": http://causticcovercritic.blogspot.com/2011/03/insincerity-everywhere.html

terça-feira, 15 de março de 2011

:( Joana D'Arc e suas batalhas

É “Joana D’Arc” ou “Rita, não grita”? Alguém manda essa criança mal criada fazer cara de gente!?

Acho que todo mundo que gosta de livros, também gosta da Cia. das Letras, mas assim não dá, né? Começando pelo nome da coleção “Mortos de Fama”! É quase uma afronta à Joana D’Arc ser colocada na lista dos “Mortos de Fama”, além de eu ler “Mortos de fome” toda vez que passo o olho.

Muito provavelmente (por favor, por favor, por favor!) é um livro infantil, mas eu não gostava de capas infantilizadas quando era criança e acho que as crianças de hoje em dia muito menos, a contar pelo que elas andam lendo por aí - Harry Potters e Crepúsculos da vida têm capas muito mais pensadas.

“Mortos de fama” foi o fim!

:( Cheio de charme - Marian Keyes

Os livros chick-lit da Marian Keyes não são ruins, são até bem divertidos, mas tem capas horrendas. Esse aí conseguiu superar todos os outros, porque, além de uma capa extremamente “estou aprendendo a brincar de vetor no Photoshop” (e eu sei disso porque é assim que saem os meus vetores feiosos de Photoshop), é boba e tem um título ridículo.

“Cheio de Charme”? Que mulher compra um livro chamado “Cheio de Charme” com um moço feioso desses na capa? Cadê o charme? E o orgulho na hora de passar no caixa!?

Já basta o preconceito que sofrem todos os livros chick-lit, pelo menos eles merecem capas bonitas que compensem na hora de passar no caixa! Provavelmente o livro nem é tão bobo quanto à capa, mas quero ver quem (acima de 14 anos) tem coragem de ler isso aí no Metrô!

Aliás, a Marian Keyes deve ser a prima pobre no que diz respeito a “orgulho de capa”, porque todas elas são sofríveis e bobas.

:( Precisamos falar sobre Kevin - Lionel Shriver

Lembra quando eu falei que alguns livros assombram a sua cabeceira? Era isso que eu tinha em mente. “Precisamos falar sobre Kevin” é um livro da Intrínseca que eu quero ler faz um tempão, e deve ser muito bom, mas simplesmente não dá.

Se esse garoto com cabeça de bicho ficar na minha cabeceira, eu não durmo! Não enquanto eu não acabar e esconder ele bem escondidinho na estante - ou, de preferência, dar de presente para outra pessoa!

Ele me lembra um filme de terror que passava na TV à tarde, quando eu era criança, em que os sequestradores de menininhas usavam máscaras feiosas assim, só que de palhaço.

Pode ser que a capa seja linda, mas não entra lá em casa. Arranjei ele em formato digital e agora vou ler no meu e-reader! Corro de você, Kevin!

:) Pequena Abelha - Chris Cleave

Só para não falar só mal hoje, quer capa mais linda do ano do que “Pequena Abelha”? A editora que lançou Pequena Abelha originalmente, Simon & Schuster, gastou mais que a meia hora que o designer de “Pilares da Terra” na hora de desenhar a capa, com certeza.

Além de ter tudo a ver com o livro (repararam a mulher branca nos olhos da menina?), tem o título todo enrolado, como a trama e como os cabelos da Pequena Abelha. Adianta o assunto sem dar spoiler e não assombra a sua cabeceira!

O livro anterior de Chris Cleave, Incendiary, que ainda não foi lançado no Brasil, tem capa bem parecida, e eu adoro quando os livros dos mesmos autores seguem um mesmo padrão.

:( Os Pilares da Terra - Ken Follett

Vou começar já desmistificando uma capa medonha.

Medonha!

Pilares da Terra (dividido em dois volumes “tijolescos”) foi, sem dúvida, um dos melhores livros que eu já li. Tem aventura, romance, drama, história, enfim. o épico dos épicos. Aí me vem a minha querida (queridíssima, de verdade) Editora Rocco e me lança essa coisa. Jura, Rocco, jura? Não tinha estagiário melhor nesse dia?

A capa é um dos exemplos “fiz no word para um trabalho de Ensino Médio”, com uma fonte “épica” do Windows, um fundo cinza-nada, uma foto que parece ter sido tirada da primeira versão do Corcunda de Notre Dame e o “Volume 1”, só para te lembrar que existe outro dele, com uma capa igualmente medonha, só que vermelha.

Não curti. Leia em formato digital, pelo menos a capa não assombra o seu quarto!

Evil

Eu passei 20 anos da minha vida achando que era uma péssima pessoa e que todos os livros deviam me odiar por julgá-los pela capa. Ultimamente eu decidi assumir o meu lado evil das prateleiras: eu julgo todos eles pela capa! E alguns podem ser clássicos da literatura que eu não vou ler enquanto não editarem com uma capa decente, escolherem uma fonte melhor que a Comic Sans ou deixarem de menosprezar o nosso senso de estética com capas diagramadas no Word!

Passei a justificar a minha discriminação estética: uma capa ruim significa um livro que recebeu pouco carinho da editora e, por isso, é um livro triste. Transmite tristeza à minha cabeceira, provavelmente não é tão bom assim e não merece a minha atenção até que um editor carinhoso resolva dar uma de Pitanguy no pobre coitado.

Por isso eu decidi juntar exemplos de capas boas e ruins. Os que eu já li (provavelmente em outra edição), posso desmentir a capa (ou não).

Aceito sugestões.

Carol Jardim